The editorial categories are research topics that have guided researchers during the recovery phase and continue to be the impetus behind the Documents Project’s digital archive and the Critical Documents book series. Developed by the project’s Editorial Board, each of the teams analyzed this framework and adapted it to their local contexts in developing their research objectives and work plans during the Recovery Phase. Learn more on the Editorial Framework page.
Hide
This critical essay poem by Julio Plaza reviews a sequence of computer-processed images produced by José Wagner Garcia, based on a (Landsat 5) satellite image of Guarujá Beach on the coast of São Paulo. In Plaza’s opinion, the work is a metaphor for the transmutation of electronic images that record data with the aid of very remote sensors. In his view, the work tells a story in reverse through a series of postphotographic images of undeniable semiotic value: something that he calls an “image-megaword,” an ideographic image that encapsulates and reimagines the history of art; an image that undoes “what is real,” because what is real is also a language.
O poema/ensaio crítico de Julio Plaza analisa uma seqüência de imagens processadas em computador por José Wagner Garcia a partir de uma imagem da praia do Guarujá, no litoral de SP, feita pelo satélite orbital Landsat 5. Plaza observa que essa obra é proposta como metáfora da transmutação operada pela imagem eletrônica, produto da captura de dados via sensores remotos. Estaria aí a narrativa de uma história pelo avesso, imagens pós-fotográficas de valor semiótico inegável. Ela seria o que o autor denomina de imagem-megapalavra, imagem ideográfica que reúne, encapsula e repensa a história da arte. Uma imagem eletrônica que desrealiza o real porque o real também é linguagem.
The Spanish graphic designer (who lived in São Paulo) discusses the artistic potential he sees in the digital image. Inspired by the work of José Wagner Garcia, he enlarges a satellite photograph to the point where the pixels in the digital image become rectangles. The first image in the series—a seascape by the Brazilian academic painter Almeida Júnior (1850–99)—exaggerates the contrast between the portrayal of something “that was real” in the nineteenth century and the view captured in the following century as an electronic image. The multimedia artist, professor, and theoretician Julio Plaza (1938–2003) was a well-known figure in the world of Brazilian Conceptual and electronic art, acknowledged for his graphic versions of several concrete poems. He worked with the poet Augusto de Campos to produce books and objects such as Poemóbiles (1974) and Caixa Preta (1975). He was a professor at the Departamento de Multimeios do Instituto de Artes da UNIcamp (in Campinas), and the Departamento de Artes Plásticas at the ECA/USP (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo). He organized the first videotext exhibition in Brazil: Arte pelo Telefone: Videotexto (São Paulo: Museu da Imagem e do Som, 1982), where he was responsible for the new media salon at the seventeenth Bienal de São Paulo (1983), which introduced electronic art to Brazil. In his doctoral thesis (published later as a book), Plaza discussed his ideas for an intersemiotic translation that converts literary texts into visual and audible codes. [As complementary reading on this subject, see the following articles in the ICAA digital archive: by Arlindo Machado “Rumo à imagem sintética” (doc. no. 1111102); and by Lucia Santanella “Outr(a)idade do mundo” (doc. no. 1111104). Professor Walter Zanini—who at the time was the director of the Museu de Arte Contemporânea (USP)—wrote two reviews of Plaza’s work: one was about the exhibition Poéticas Visuais in an essay entitled “As novas possibilidades = The new possibilities” (doc. no. 1110585), and the other was in response to this article, “Primeiros tempos da arte/tecnologia no Brasil” (doc. no. 1111029). To read more of Plaza’s work, see: “77: quase-apresentação” (doc. no. 1110719); “Arte e interatividade: autor-obra-recepção” (doc. no. 1111093); “Arte e videotexto” (doc. no. 1111090); “Busca da dimensão mais firme para a realidade” (doc. no. 1110750); “Câmara obscura” (doc. no. 1110718); “Info foto: grafias” (doc. no. 1111091); “O livro como forma de arte (I)” (doc. no. 1111238); and “(…) (II)” (doc. no. 1111239); “Mail Art: arte em sincronia = Mail-art: art in synchrony” (doc. no. 1110592); “Manifiesto pro integración” (doc. no. 1110751); “Nem oito, nem oitenta: oi, tô aí” (doc. no. 1111270); “Poéticas visuais = Visual poems” (doc. no. 1110587); and “Transcriar” (doc. no. 1111237)].
Plaza observa as potencialidades para a criação artística trazidas pela imagem digital. José Wagner Garcia amplia uma foto de satélite até que os pixels da imagem digital se tornem retângulos. A primeira imagem da seqüência - uma marinha do pintor acadêmico Almeida Júnior (1850-1899) - aumenta o contraste entre a representação do real no século 19 e a visualidade construída da imagem eletrônica do século 20. O artista visual multimeios, poeta, professor, curador e teórico Julio Plaza (Madri, 1938 - São Paulo, 2003) é nome fundamental da poesia concreta e da arte conceitual e eletrônica no Brasil. Junto com o poeta Augusto de Campos, criou os livros/objeto "Poemóbiles" (1974) e "Caixa Preta" (1975). Foi professor do Departamento de Multimeios do Instituto de Artes da Unicamp e do Departamento de Artes Plásticas da ECA/USP. Organizou a exposição pioneira de videotexto no Brasil: "Arte pelo Telefone: Videotexto" (Museu da Imagem e do Som, São Paulo, 1982) e a sala especial de novos meios da 17ª Bienal Internacional de São Paulo (1983), um dos momentos inaugurais da arte eletrônica no País. Plaza dedicou tese de doutorado (depois publicada em livro) à tradução intersemiótica, ou seja, à transposição de textos literários para códigos visuais e sonoros.
Ver também:
MACHADO, Arlindo. PLAZA, Julio. Artecnologia. São Paulo: Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP), 1985. Catálogo de exposição.
l- Arte e tecnologia digital. Poéticas digitais
l- Fotografia